6º dia do rock in rio
Coldplay encerra sexto dia do Rock in Rio IV com bom show
Dispostos e bem recebidos, banda britânica faz a melhor apresentação da noite
Coldplay durante o show no palco Mundo, no sexto dia do Rock in Rio, em 01/10/2011
A banda britânica Coldplay fez o último e melhor show do 6º dia de Rock in Rio. Dispostos e bem recebidos pelo público, que cantou alguns dos grandes sucessos da carreira do grupo a plenos pulmões, os músicos abriram a apresentação de quase duas horas com a instrumental Mylo Xyloto, que dá nome ao novo disco, seguida de Hurts Like Heaven e Yellow, canção do primeiro álbum.
Revelado no fim dos anos 1990 como uma banda de rock alternativo, o Coldplay tomou, ao longo dos últimos anos, forma de uma banda de arena, ancorada em canções de arranjos grandiosos. Somaram a isso efeitos visuais como balões gigantes, laser, fogos e borboletas atiradas por canhões que, no show deste sábado, acompanharam músicas como In My Place eYellow. Esses elementos contribuem para que o show se disponha também para a apreciação visual capaz de conquistar a plateia com facilidade.
Com uma carta vasta de canções executadas à exaustão nas rádios desde o começo dos anos 2000, como The Scientist, God Put a Smile Upon Your Face (esta apresentada em uma versão mais pesada que a originalmente gravada), Politik e Clocks, do segundo disco A Rush Of Blood To The Head, além de Fix You e Violet Hill, dos dois últimos lançamentos, a banda também apresentou músicas do novo disco, a ser lançado em breve, donde se destacou Charlie Brown, o segundo single.
Três outros momentos marcaram o concerto: quando Chris Martin improvisou o coro de Mas Que Nada, composição de Jorge Ben Jor, ao fim da música Lost!; mais adiante, um trecho deRehab, da cantora Amy Winehouse, morta em julho deste ano; e quando a plateia fez coro à banda em Viva La Vida, canção tema do disco Viva la Vida or Death and All His Friends, de 2008.
Adam Levine, do Maroon 5, durante o show no palco Mundo, no sexto dia do Rock in Rio, em 01/10/2011
Antes da banda britânica Coldplay encerrar a 6º noite de shows do Rock in Rio, neste sábado, o grupo mexicano Maná e os americanos do Marron 5 fizeram shows regulares, despertando a atenção do público em pontos isolados das apresentações. A segunda banda se saiu um pouco melhor nesse quesito.
Conhecido no Brasil depois de ter músicas incluídas em telenovelas no começo da década passada, Maná interpretou seu repertório de canções pop, melódico ao ponto baboso, sem nenhuma personalidade, genéricas e enfadonhas, numa performance qualquer coisa próximo de “piloto automático”.
O público reagiu com frieza a maior parte do tempo, exaltando-se em Corazon Espinado, que teve a participação do guitarrista brasileiro Andreas Kisser, da banda Sepultura, e Vivir Sin Aire. Houve ainda um momento politizado no show, quando a banda cantou Latinoamerica, que prega uma espécie de panamericanismo de boutique. Por sorte o repertorio foi de apenas 10 músicas. Mais do que isso e a banda certamente condenaria o público a uma crise de hiperglicemia.
Em seguida, o Maroon 5 levou ao Palco Mundo seu pop dançante que emula música soul. Liderada pela vocalista Adam Levine, a banda ao menos tinha à mão uma quantidade maior de hits conhecidos no país entre as 14 músicas do repertório que o grupo anterior. Foi o bastante para que, com músicas como Sunday Morning, The Sun, Never Gonna Leave, This Love (o momento mais animado do show) e She Will Be Loved, que encerrou o concerto.
O cantor carioca Frejat e a banda mineira Skank abriram os shows do Palco Mundo no 6º dia do Rock in Rio IV. Líder do Barão Vermelho, Frejat iniciou a sua performance por volta das 19h com a canção Exagerado, música de Cazuza, de quem o cantor foi parceiro na banda Barão Vermelho. O grupo tocou na primeira edição do festival, em 1985.
Frejat seguiu com repertório calcado em versões, desde Você Não Entende Nada, de Caetano Veloso, Porque Que a Gente É Assim e Bete Balanço, do Barão Vermelho, Ainda É Cedo, da Legião Urbana, além de sucessos de sua carreira solo como Segredos, Puro Êxtase e Por Você. O cantor convidou ainda ao palco o filho Rafael Benegati.
A recepção da plateia foi de empolgação. Semelhante ao ocorrido enquanto o Skank esteve no palco, após a apresentação do líder do Barão Vermelho.
Desfiando por uma hora um rol de hits que passaram em revista a carreira, que se revelou no começo dos anos 1990, a banda executou músicas como É Uma Partida de Futebol, Esmola, Jackie Tequila, Garota Nacional, Ainda Gosto Dela, que teve participação da cantora Negra Li,Três Lados, Acima do Sol, uma versão de É Proibido Fumar, composição de Roberto e Erasmo Carlos. Na maioria dos números a plateia adornou o show cantando verso a verso em uníssono, além de pulos e aplausos. Vou Deixar, música gravada pela banda em 2004, foi responsável pelo momento de maior frisson na plateia. Em Acima do Sol, a pedido do cantor Samuel Rosa, as pessoas exibiram suas camisas de futebol.
Em suma, foi a relação estreita com os fãs que deu algum brilho às apresentações. De tal modo que, independente de queixumes à qualidade musical de muitas canções apresentadas - as do começo da carreira do Skank envelheceram mal, assim como é dispensável uma versão deAinda É Cedo por Frejat -, o conjunto de sucessos aliado à recepção do público rendeu um saldo positivo para a noite.
ESSES FORAM AS MUSICAS QUE MAIS GOSTO FOI MUITO DEMAIS TODOS ELES.
Comentários
Postar um comentário